e a leitura é toda sua.
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`Who are you?' said the Caterpillar.
This was not an encouraging opening for a conversation. Alice replied, rather shyly, `I--I hardly know, sir, just at present-- at least I know who I WAS when I got up this morning, but I think I must have been changed several times since then.'
`What do you mean by that?' said the Caterpillar sternly. `Explain yourself!'
`I can't explain myself, I'm afraid, sir' said Alice, `because I'm not myself, you see.'
`I don't see,' said the Caterpillar.
Fragment from Chapter V - Advice from a Caterpillar
Book: Alice in Wonderland (1865)
By Lewis Carroll
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Orpheus was also reputed to be the founder of the Orphic religious cult.
By James Hunter
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Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são
iguais.
Todos os partidos políticos
são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda
são iguais.
Todas as experiências de sexo
são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais
e todos, todos
os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
coisa.
Não é igual a nada.
Todo ser humano é um estranho
ímpar.
Quando nos deparamos com uma obra de arte diversas percepções são acionadas em nossa mente. Essas sensações são estimuladas pelo novo que as obras nos trazem. Ficamos imóveis por um tempo diante do objeto mimético, contemplando e tentando encontrar algo que nos é familiar. Esse poder que a arte abarca é por si só desafiador e nos auxilia a alcançar diferentes olhares sobre o mundo que nos cerca. Através da arte podemos (re) educar nossos sentidos e a partir dela criar nosso universo individual e coletivo. Um ato sublime pouco incentivado e, por vezes, condenado à inutilidade. Vivemos em um mundo onde a velocidade dita as regras, não há mais tempo a perder, não há mais tempo para contemplar. Tolos aqueles que assim pensam! A arte, ou o ato de agir a partir dela, se faz presente em todas as nossas relações enquanto seres humanos. Necessitamos de suas qualidades para transitar no espaço das nossas relações, sejam elas profissionais ou pessoais. Devemos estar sempre em busca de um agir criativo para que possamos trilhar a vida através das veias artísticas. E tantas são suas possibilidades!
Essa arte que não tem pátria nem mátria, que não escolhe cor nem língua. Pertence apenas àqueles que a adotam como estilo de vida, que têm olhos para vê-la.
Pura e simplesmente: arte.
By Anita Floyder
"One good thing about music, when it hits you ,you feel no pain.
Hit me with music, hit me with music now"
(Robert Nesta Marley- Trench Town Rock. Álbum: Confontation,1983)
A música reggae é o mais poderoso signo da cultura rasta porque incorpora a ideologia através do poder da palavra e a refrata para o mundo verbalmente. Nas letras eram usados a língua, o folclore e as expressões dos camponeses humildes da Jamaica para explicar os objetivos do Rastafári na terra. As canções versam, principalmente, sobre a vida difícil nos guetos, sobre a repressão policial e opressão social. Porém, não hesitam em tratar de temas como liberdade, esperança e amor. Entretanto, a essência da música reggae é, sem dúvida, a linguagem revolucionária.
O reggae surgiu da evolução da forma folclórica chamada mento, que inicialmente deu origem ao ska, uma mistura de rhythm and blues americano, gospel e mento folclórico. Transformando-se posteriormente em rock steady e finalmente, culminando no ritmo reggae em si, inovador e espontâneo que surgia de um impulso revolucionário local.
As letras de cunho político demonstram a sagacidade e a sua força poderosa. Em Rebel Music (3 O´clock Road Block), há a denúncia sulfurosa da repressão policial contra os Rastas; Them Belly Full (But We Hungry), explicita a situação da população desassistida dos guetos; em Real Situation a crítica incorpora ares mundias, denunciando as guerras entre nações e a corrida pelo topo do mundo. Nos temas folclóricos as assertivas são imediatamente compreensíveis para os Jamaicanos, mas obscuras para quase todos os demais. Em Small Axe, o que parece ser uma simples alegoria na qual um habitante de uma floresta informa a uma grande árvore que ela está prestes a ser derrubada, é um alerta aos opressores de que o Terceiro Mundo iria derrubá-los, mas também é um abusado aviso à indústria fonográfica Jamaicana. Sobre o mesmo tema versa a canção Who the Cap Fit, o título é um provérbio rural, utilizada como expressão local. A letra evoca a imagem de um fazendeiro espalhando ração e pensando: “Não diga que é uma galinha só por estar comendo ração; eu nunca disse que estava alimentando galinhas”.Ou seja, “Você é o que demonstra ser, e não quem você diz que ser”. Ao tratar do amor nas canções, o reggae transmite sentimentos de compaixão, esperança e lealdade. Um exemplo disso é a canção No Woman, No Cry, que se tornou uma espécie de hino da paz, conhecida mundialmente.
Embora haja uma gama de críticas advindas dos intelectuais a respeito da cultura popular tratando a tematização do barulho, o desvio lingüístico ou afirmando que ela não oferece “satisfação estética” como as artes maiores, ela continua em pleno estado de desenvolvimento e transpassando seu legado às novas gerações. Nesse sentido ressalta Shusterman (1992, p.124) ”Críticos intelectuais não conseguem reconhecer as significações múltiplas e cheias de nuance da arte popular porque eles, desde o início, mostram-se desinteressados e relutantes em dar a essas obras a atenção necessária para compreender sua complexidade”. Como já postulamos anteriormente, a sonoridade do reggae surge a partir de uma experiência ancestral, seus desvios lingüísticos são conscientemente utilizados como parte da construção ideológica do signo. Talvez a dificuldade de aceitação que enfrenta a música reggae, consista no seu caráter essencialmente criativo, original e engajado. Os intelectuais de classe média exigiam um futuro para o Caribe. Isso, porém, aconteceu com a música espontânea à maneira dos guetos, abarcando sua cultura e firmando sua identidade ideológico-revolucionária.
By Anita Floyder
Persona era o nome da máscara que os atores do teatro grego usavam. Sua função era tanto dar ao ator a aparência que o papel exigia, quanto amplificar sua voz, permitindo que fosse bem ouvida pelos espectadores. A palavra é derivada do verbo personare, ou "soar através de".
Por extensão, designa um papel social, ou um papel interpretado por um ator.
Neste mesmo sentido, na Psicologia Analítica (Jung), é dado o nome de persona à função psíquica relacional voltada ao mundo externo, na busca de adaptação social. Nesta acepção, opõe-se à sizígia (animus/anima), responsável pela adaptação ao mundo interno. No processo de individuação, a primeira etapa é, justamente, a elaboração da persona desenvolvida, em termos de sua relatividade frente à personalidade como um todo. Nos sonhos, costuma aparecer sob várias imagens/formas.
Qual a sua?
O que sou nesse imenso universo?
A busca pelo "euser" confronta a imensidão.
Nossa vida está atrelada à velocidade de crescimento do monstro cósmico!
O retorno de Saturno. Visionário Goya! fatídico momento em que o Pai devora seus filhos em cores sangrentas.
Ele está vindo e nos devorará!
Ou o fim virá da colisão da nave terra contra o asteróide apocalíptico que chegará numa velocidade estonteante e incinerará a raça humana em segundos?
Poderemos também nos auto-destruir. Ha! Já começamos!
A busca deve continuar, embora não haja cores no horizonte.
Resiste ainda a luz do espírito e só dela dependemos.