quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Tinta vermelha
A história da arte bem poderia ser a da humanidade. Tanto vermelho em telas derramado, quanto sangue nas ideologias.
Atrocidades causadas à mente dos seres humanos enquanto suas impressões eram ignoradas.
É algo nefasto, funesto, fúnebre.
A necrofilia da arte, somente a morte mestra é notável.
Van Gogh sem orelha.
Hendrix assassinado.
E tantos gênios incompreendidos pela coisificação massificadora dos homens. Nos querem todos iguais, códigos de barra injetados.
O totalitarismo dos impérios babilônicos que mentem, compram, estragam.
É como no mito de Saturno (Cronus) que devora cada filho seu ao nascer para que estes não lhe tomem o trono no futuro. Ora, essa é uma atitude de auto-negação do artista que destrói suas obras primas para que ninguém aprecie o novo e as engole reinserindo-as em forma de sangue: morte.
Arte é algo de tamanho mistério que não cabe à compreensão de hediondas criaturas: os animais racionais (aqui sem a inserção do prefixo).
By Anita Floyder
"Saturn devouring one of his sons" 1823 - Goya
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